Ao lado do pai general, cresceu entre as tropas, vestido como um soldado, o que lhe rendeu o apelido de “botinhas” (“Calígula”).
Por volta dos 18 anos, foi convocado com as irmãs para morar na fortaleza de Capri com Tibério, onde ficou 6 anos. Foram seis anos na presença do algoz de sua família, e é dito que lá aconteciam casos de devassidão e crueldade gravíssimos. Tibério, antes de morrer, o indicou à sucessão.
Em conluio com a guarda pretoriana (um misto de segurança particular do imperador, agência de inteligência e polícia secreta, a face mais temida do Estado), conseguiu assumir o poder sozinho.
Seu governo começou de forma muito promissora, mas, após sete meses no poder, sofreu uma doença séria, que culminou com as narrativas de loucura e perdição. Os sintomas incluíam convulsões, fadiga e alterações de humor.
Como não tinha grandes conquistas militares, Calígula precisava se provar merecedor do posto pela linhagem que remontava a Augusto. Assim, homenagear seus familiares com sua presença constante em eventos públicos ou imortalizar suas irmãs em moedas justificava a própria posição.
Certa vez lhe foi perguntado sobre quem seria o cônsul do próximo ano, e ele teria respondido que preferia o seu cavalo Incitatus aos candidatos disponíveis.
Calígula concluiu projetos iniciados por Tibério e iniciou outros, como os aquedutos Aqua Claudia e Anio Novus. Na área militar, ele não teve nada de brilhante, mas sua atuação foi positiva. Iniciou a conquista da Britânia, atual Inglaterra. Ele também financiou artistas e peças de teatro, mas a característica mais marcante de Calígula está na sua adoração pelo entretenimento. Adorava as aparições públicas e a realização de festivais.
Mandou reduzir as armaduras dos lutadores, o que o fez ser ainda mais adorado pela plebe, especialmente nas ocasiões em que distribuía comida e dinheiro.
Como autoridade política, Calígula trabalhou sobretudo para concentrar poder, confrontando o Senado e a aristocracia romana.
Cansados dos arroubos e das tendências absolutistas do imperador, senadores e membros da guarda pretoriana conspiraram para matá-lo. Aos 29 anos, Calígula, sua mulher Cêsonia (a quarta que ele desposou) e a filha Júlia Drusilla, de 2 anos foram assassinados.
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